Coworking 100% feminino: você já ouviu falar nesse conceito?

O coworking 100% feminino: vem com a gente entender porque é que espaços direcionados a públicos específicos têm ganhado cada vez mais força.

19 de outubro de 2022

As mulheres estão em busca de igualdade em todos os cenários sociais. Nessa luta diária, surgiu o coworking 100% feminino que veio para ficar. Conheça o espaço “delas”!

Em pleno século XXI, o apoio a temas conectados com a diversidade e a inclusão é um papel fundamental de cada indivíduo. Justamente por isso, a Blocktime Coworking está sempre de olho nessas pautas. O coworking 100% feminino é uma delas! 

A jornada do empreendedorismo é muita solitária, principalmente no universo feminino. Muitas mulheres não possuem uma rede de apoio necessária para fazer o seu negócio acontecer: família, companheiros e amigos mais próximos. 

Diante disso, faz toda a diferença empreender ao lado de outras mulheres que enfrentam as mesmas dores e desafios diários. Tudo isso ajuda no apoio, incentivo e fortalecimento da rede de apoio, especialmente para a troca de experiência e indicações de produtos e serviços. 

Vem com a gente entender porque é que espaços direcionados a públicos específicos, especialmente femininos, têm ganhado cada vez mais força.

Mas se estamos falando de inclusão, por que separar?

Não há como negar que, infelizmente, ainda precisamos proteger e fortalecer as minorias. Aqui, nossa pauta é sobre grupo feminino, mas entendemos que muito do que será abordado, pode representar os demais.

Para quem não compõe algum grupo minoritário, pode ser mais complicado de compreender a necessidade de um coworking exclusivo, até porque essa realidade não faz parte da sua vida. Por isso, trouxemos alguns dados e contextos relevantes.

Já imaginou olhar ao redor e não se sentir seguro dentro do próprio ambiente corporativo? É como se a vulnerabilidade fizesse parte da sua rotina, representada de várias formas: discursos interrompidos, ideias e projetos desenvolvidos por você, mas com créditos concedidos a outros, salários e oportunidades desiguais… e por aí vai.

Sem contar a violência. Segundo uma pesquisa realizada com paulistanas pela organização Rede Nossa São Paulo, a quantidade de mulheres que já sofreu algum tipo de preconceito ou discriminação só aumenta: 22% das entrevistadas sofreram assédio no trabalho, 14% dentro da própria família e 10% dentro de transportes privados.

Outro dado relevante, segundo relatório especial do SEBRAE sobre o empreendedorismo feminino de 2019, é que 25% das consideradas donas de negócio trabalham em casa, o que significa, ainda mais num cenário de pandemia, dividir o tempo com afazeres domésticos, filhos, idosos, etc.

Diante de toda essa realidade, fica difícil sentir confiança, conforto e liberdade para criar, direcionar, manter o foco e produzir. É nesse contexto que surgem os coworkings 100% femininos. Neles, a proposta não é somente a locação de um espaço, mas também o favorecimento do desenvolvimento pessoal e profissional das mulheres.

É sim sobre coletivo!

Muito tem se falado sobre empoderamento e, diferentemente do que se pensa e divulga, ele não está relacionado apenas ao amor próprio. Mais do que isso, é a autoconsciência do grupo ao qual você faz parte, das fragilidades e do protagonismo com responsabilidade.

O livro de Barbara Solomon, Black Empowerment: Social Work in Opressed Communities traz o conceito de que apenas quem viveu e sentiu as opressões cotidianas na pele, de fato, conseguirá identificar a melhor maneira de lidar com elas.

Ou seja, é saber que, se você é mulher, pertence a um grupo de minoria, e, sabendo disso, toma decisões sobre fatos que dizem respeito apenas às mulheres.

Assim, podemos dizer que o empoderamento é coletivo. É conscientização e senso de coletividade. São indivíduos que pensam e agem de forma coletiva. E nada melhor do que estar em um ambiente assim para evoluir junto, com pessoas que vivem, cada uma com sua diferente história, opressões coletivas.

Em um coworking 100% feminino, o estímulo à capacidade, força e coletividade transbordam. É nessa atmosfera reservada que é possível fortalecer a segurança e o empreendedorismo, permitindo que as mulheres sejam autênticas e espontâneas, sem se preocupar com pressões, assédios e abusos.

Sem falar na Sororidade de um coworking 100% feminino

Outra palavra que tomou conta das redes sociais nos últimos tempos foi a sororidade. De uma forma geral, consiste na solidariedade entre mulheres, no ato de apoio para a conquista de liberdade, de igualdade de gêneros e conquista de direitos como humanas.

Sororidade é uma rede de apoio: são mulheres impulsionando, acolhendo, somando forças e crescendo juntas. É a discussão e a disseminação da comunidade feminina.

Nesse contexto, um coworking destinado apenas às mulheres torna-se o lugar ideal: a criação de espaços seguros que possam gerar diálogos e empatia mútua. Ainda mais em um país como o Brasil, onde o empreendedorismo feminino cresce a cada dia.

Imagem mostra mulheres empreendedoras da Blocktime Coworking

Donas de si

Ainda com dados do  relatório especial do SEBRAE sobre empreendedorismo feminino no Brasil,  a ascensão e o destaque do potencial feminino salta aos olhos: as Donas de Negócios correspondem a 34% dos 27,4 milhões de donos de negócio no Brasil.

E não para por aí: são mais jovens, têm maior escolaridade,  índices menores de inadimplência, e, ainda assim, ganham menos e pagam taxas de juros maiores. É preciso olhar para todas essas profissionais, elas são grandes potenciais de investimento.

Espaços que possam impulsioná-las como empreendedoras só têm a crescer. Em um coworking 100% feminino, as oportunidades são inúmeras: visibilidade, networking, oportunidades diversas. É por isso que essa tendência tem aumentado e já existe também nos EUA, França, Canadá, Inglaterra, Rússia, etc.

Sentir confiança, acolhimento, ter acesso à informação, liberdade para criação, conexão e a oportunidades, são direitos de todos. A ideia não é separar, mas existirem possibilidades de escolha para grupos que ainda não se sentem seguros em todos os contextos.

Além de coworkings destinados apenas ao público feminino, existem outros coworkings que pregam a filosofia do respeito e do acesso a todos. Um deles é a Blocktime Coworking, localizada em São Paulo, com unidades em Pinheiros e Vila Mariana.

Imagem mostra mulheres trabalhando na Blocktime Coworking

A força feminina da Blocktime

É claro que não podemos deixar de citar a força feminina que temos dentro de casa. Hoje, a Blocktime é composta por profissionais das mais diversas áreas possíveis. São elas que nos inspiram e nos ensinam sobre todos os assuntos abordados acima; que buscam por igualdade, respeito e um mundo mais justo. Esse artigo é destinado a elas. Às mulheres que fazem da Blocktime Coworking um lugar melhor todos os dias!

Nossa expectativa é que possam existir cada vez mais espaços de trabalho em que o convívio seja baseado na igualdade, liberdade de expressão, respeito e oportunidades a todos. Enquanto isso não acontece, apoiamos essa causa e esperamos sua visita!

E, se você está procurando um lugar para se sentir em casa, respeitado, acolhido e, acima de tudo, podendo ser você: entre em contato com a gente! A Blocktime Coworking é o seu novo espaço de trabalho! Vem com a gente!

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João Marcos Guirau

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pelo SENAC SP, é fundador da Blocktime Coworking e sócio do grupo Blocktime, referência em operação e otimização de escritórios. Entusiasta da economia compartilhada, participa ativamente de grupos relacionados ao tema e adquiriu conhecimento e expertise em arquitetura e design para coworkings, sendo responsável pela gestão operacional dos espaços. Atua, desde 2015 como organizador do Encontro Coworking Brasil e apoiador de muitas das iniciativas relacionadas a este universo, está sempre buscando mais conhecimento sobre novas formas de trabalho, participando frequentemente de conferências internacionais sobre o tema.